O GUIA FORA DE PORTAS

DA REGIÃO DE SETÚBAL


Les Apothéoses

27 Out 2019
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Les Apothéoses de François Couperin

Numa França que procurava arduamente preservar a sua identidade musical, François Couperin (1668-1733), de forma surpreendente, publica em plena década 1720, duas esplendorosas obras musicais em forma de homenagem a dois grandes compositores da sua época, Lully e Corelli.

Reconhecendo igualmente qualidade musical no estilo italiano, que rapidamente tomava conta do gosto musical da restante Europa, conseguiu assim, com as suas duas Apothéoses, a sintetização de dois estilos tão antagónicos, o francês e o italiano, que tal como o termo do subtítulo dos Les Concerts Royaux tão bem o descreve, Les Goûts Réunis (os gostos reunidos)

Quarteto Galante: Suzana Silva Batoca (flauta traversa e flauta de bisel), Raquel Cravino (violino), Sofia Cascalho (cravo), Susana Moody (viola da gamba), Luís Lucas (voz)

 

Notas biográficas

Quarteto Galante

Raquel Cravino

Nasceu na cidade da Covilhã. Iniciou-se na música aos 5 anos de idade no Conservatório Regional de Música da Covilhã em piano e ballet. Sob a orientação do professor António Oliveira e Silva, estudou violino na Escola Profissional de Artes da Beira Interior durante seis anos. Em 2002 obteve o diploma de Licenciatura na Academia Nacional Superior de Orquestra (ANSO) de Instrumentista de Orquestra - Violino, na classe da Professora Ágnes Sárosi. É mestre em Pedagogia do Instrumento, na ANSO /Universidade Lusíada, sob a orientação do Professor Aníbal Lima. Realizou diversos cursos de aperfeiçoamento no âmbito do violino e da música de câmara com Joyce Tan, Sergey Kravchencko, Angelique Loyer, Gerardo Ribeiro, Augustin Dumay, Boris Kuniev, Jan Dobrelevky, Vladimir Ovcharech, James Dahlgren, Gilles Apap e Alexandre da Costa. O seu interesse pela música antiga levou-a a aperfeiçoar os conhecimentos no violino barroco frequentando Masterclasses com Enrico Onofri, Richard Gwild, Vittorio Ghielmi, Francesca Viccari e Chiara Banchini. Como freelancer, tem realizado concertos com a Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras; e tem uma participação activa em variados projetos artísticos de música antiga – Orquestra Barroca da Casa da Música, Flores da Música, Músicos do Tejo, La Nave Va, Capela Real. Dedica-se ao ensino desde 2002 como docente de violino no Conservatório Metropolitano de Música de Lisboa e na Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa. É membro fundador do Quarteto Arabesco.

Suzana Silva Batoca

Licenciatura em Música Antiga, variante Flauta de Bisel, pela Escola Superior de Música de Lisboa (2000). Pós-graduação em Ciências Musicais, Musicologia Histórica, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa (2003). Curso de Profissionalização em Exercício da Docência, na Escola Superior de Música de lisboa, curso este que lhe confere habilitação profissional para a docência no ensino artístico especializado (2009). Frequência da Licenciatura em Música Antiga-Traverso, na ESML, sob a orientação de Pedro Couto Soares.

Participou em diversas Masterclasses e seminários nomeadamente com Pedro Bonet, Pedro Memmelsdorf, Stephen Bull, Peter Holtzlag, Jill Feldman, Catarina Costa e Silva, Chiara Banchini, Jorge Peixinho, Susana Sardo, Rui Vieira Nery, Ketil Hausgang, Reiner Zepperling, Adrian Brown, Tomaso Rossi, entre outros.

Ao longo dos anos tem sido responsável pelas classes de flauta de bisel de algumas das mais importantes escolas de música do país, como o Conservatório Regional do Baixo Alentejo, o Conservatório Regional de Setúbal, a Escola de Música do Orfeão de Leiria, a Escola Profissional de Música e Artes de Almada, o Conservatório Regional de Almada, o Instituto Gregoriano de Lisboa, e ainda o Conservatório Regional de Palmela. Foi também Professora de Flauta de bisel e conjuntos instrumentais na Escola Superior de Educação, do Instituto Piaget, em Almada. É atualmente professora de flauta de bisel e música de câmara na Academia de Música de Almada, onde também acumula os cargos de Diretora Administrativa/Pedagógica. Relativamente à Academia de Música de Almada, assume o cargo de representante perante o Ministério da Educação.

Como intérprete de música antiga apresenta-se regularmente ao público em algumas das mais importantes cidades do país e no estrangeiro. A música contemporânea é também um dos seus maiores interesses, tendo estreado algumas obras de jovens compositores portugueses, dos quais se destacam Tiago Cutileiro e Elsa Filipe. Relativamente a esta última compositora e a obra que lhe foi dedicada (dezembro de 2000) é importante referir que a mesma foi alvo de estudo na sua tese de Doutoramento, defendida em finais de 2017, na reputada universidade francesa de Sorbonne.

Tem sido igualmente responsável pela produção, organização e direção artística de diversos Ciclos, Festivais e de outras atividades relacionadas com artes perfomativas, como o Ciclo de Concertos Noites de Primavera, em Almada, o Festival de Música Antiga Os Sons de Almada Velha – Música nas Igrejas, o Concurso Internacional de Música Cidade de Almada, o Festival de Música Cidade de Almada, entre outros.

Sofia Cascalho

Inicia o estudo da música aos 5 anos com Madalena Sá Pessoa, na Academia dos Amadores de Música. Termina o curso geral de piano na classe de piano do professor Miguel Henriques no Conservatório Nacional de Lisboa em 1988. Ingressa no curso de Ciências Musicais da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa em 1989.

Em 1991, ao abrigo do programa Erasmus, obtém uma bolsa para frequentar o 3º ano do curso de Ciências Musicais na Universidade de Paris VIII. Inicia então o estudo do cravo em Paris integrando a classe da professora Élisabeth Joyé no Conservatório Érik Satie.

Já em Estrasburgo, em 1998, obtém o diploma do curso superior de cravo no Conservatório Regional dessa cidade, na classe da professora Aline Zylberajch.

Paralelamente, na Universidade de Paris VIII, obtém o diploma de Maîtrise (equivalente ao grau de licenciatura) com uma investigação sobre a obra do compositor Carlos Seixas. Ao abrigo de uma bolsa da Fundação para a Ciência e Tecnologia do Estado Português, realiza um DEA (equivalente ao grau de mestrado) cuja reflexão incidiu sobre a música de três compositores contemporâneos: Elliott Carter, Pierre Boulez e Brian Ferneyhough.

De retorno a Lisboa, em 2000, começa a leccionar as disciplinas de “História da Música” e “Práticas de teclado” na Fundação Musical dos Amigos das Crianças, iniciando posteriormente nesta mesma escola uma classe de cravo.

Em 2004, frequenta a Escola Superior de Música de Lisboa com vista à obtenção de uma equivalência à sua licenciatura de cravo, e regressa a esta instituição em 2010 para a realização do mestrado em ensino da música com vista à obtenção da profissionalização.

Leccionou cravo durante dois anos letivos no Orfeão de Leiria (2005-2007).

Realizou um programa na Antena 2 - As Lições de Couperin, em colaboração com Edite Sombreireiro e o actor Diogo Dória, em 2006.

Em 2012, realizou na Casa-Museu Anastácio Gonçalves um recital de cravo com obras de François Couperin e leitura de textos do compositor por Diogo Dória. Este concerto foi transmitido em directo na rubrica Concerto Aberto da Antena 2.

No início do presente ano de 2019 editou a sua tradução de L’Art de Toucher le Clavecin (A Arte de Tocar Cravo), de François Couperin, sob a chancela da AVA.

É profissionalizada em Ensino da Música, Área de Especialização de Música Antiga - Cravo deste 2012.

Actualmente lecciona as disciplinas de cravo, baixo contínuo e acompanhamento na Academia de Música de Almada.

Susana Moody

Iniciou os estudos musicais aos quatro anos com a sua mãe, tendo ingressado aos dez no Conservatório de Música de Lisboa, onde estudou violoncelo com Pilar Torres e canto com Helena Pina Manique e António Wagner Diniz, iniciando posteriormente o estudo da viola da gamba com Miguel Ivo Cruz.

Participou em vários cursos de música antiga, tanto na Casa de Mateus como em Évora, tendo trabalhado com professores como Wouter Möller, Anner Bylsma, Pere Ros e René Jacobs, entre outros; participou ainda no III Curso de Música Antiga em Kandili, na Grécia, onde trabalhou com Michael Chance e os Fretwork.

Trabalha regularmente com os grupos de música antiga Coro de Câmara Pravoslava, Concerto Atlântico, La Batalla, Quantz Consort, Ensemble Galhardia, Ensemble Alpha, L’Antica Musica (atualmente Sete Lágrimas), Ensemble Diferencias, Les Secrets des Roys, entre outros. Foi membro do Coro de Câmara de Lisboa, Syntagma Musicum, Coro Gulbenkian, Segrés de D. Diniz, L'Antica Musica (atualmente Sete Lágrimas), Canora Turba, entre outros. Em Inglaterra trabalhou com os New London Singers, os Corydon Singers e os Voces Angelicae e em Espanha e no México com o Grupo Vocal Gregor e com a Capilla Real de Madrid.

Como solista tem atuado com a Orquestra Sinfónica Juvenil, a Orquestra Sinfonietta de Lisboa, a Orquestra Sinfónica Portuguesa, a Capela Real, Eborae Musica, entre outros. É membro do Coro do Teatro Nacional de S. Carlos desde 1991, onde tem participado também como solista.

Luís Lucas

Frequentou o Curso Superior de Formação de Actores, no ainda conservatório nacional de teatro. É membro fundador do grupo Comuna - Teatro de Pesquisa, com o qual participou em vários festivais internacionais de Teatro. Trabalhou com várias companhias de teatro como os Cómicos, Teatro da Cornucópia, Produções Teatrais Lda., Teatro da Graça e Projecto Intercidades.

Tem interpretado vários personagens em televisão, entre elas Louco Amor; Dancin' Days, Maternidade; Laços de Sangue, Regresso a Sizalinda, Mistura Fina, Deixa-me Amar, Olhos nos Olhos, Equador, Laços de Sangue, Deixa que te leve, voz da série Conta-me como foi.

No cinema trabalhou com João Botelho, Solveig Nordlund, Jorge Silva Melo, José Álvaro de Morais, Eduardo Geada, Peter Lilienthal, Valeria Sarmiento, Daniel del Negro, Margarida Gil, Manoel de Oliveira, Luís Filipe Rocha e Joaquim Leitão.

No teatro foi dirigido por João Mota, Osório Mateus, Jorge Silva Melo, Luís Miguel Cintra, Stephan Stroux, Carlos Fernando, Artur Ramos, Christine Laurent, António Feio, Alberto Lopes, São José Lapa, Rafaela Santos, Ana Támen e Carlos Alardo, interpretando textos de vários autores.

Em 2004 participa como narrador na ópera A Floresta, com música de Eurico Carrapatoso e libreto de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, a partir do conto homónimo de Sophia de Mello Breyner Andresen.

 

 

Horário:

Domingo, às 16h

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