VIDAS ÍNTIMAS
De todas as peças de Noël Coward, "Vidas Íntimas" continua a ser o exemplo mais puro e elegante da sua arte. É aparentemente simples. "Minimal, como uma curva de art déco", escreveu John Lahr, do The New Yorker. "Vidas Íntimas" é uma peça sem enredo, para pessoas sem propósito.
A peça tem a capacidade de resumir o espírito inquieto da era de Coward. "Vidas Íntimas" encontra a sua força na ressaca de uma nova década, à medida que os anos 20 avançam para um futuro incerto.
Esta peça de câmara parece existir num vácuo, numa espécie de limbo estilizado, sem consequência ou contexto. No entanto, sugere algo mais sombrio na vida interior das suas personagens e na do seu criador – ambos escondendo e revelando ao mesmo tempo.
Como peças de Coward – e como a sua própria vida – "Vidas Íntimas" esconde mais do que mostra. Diz muito no seu título dissimulado e diz ainda mais no seu subtítulo intrigante: "Uma Comédia Íntima".
Autoria | Noël Coward
Tradução | Miguel Esteves Cardoso
Elenco | Rúben Neves, Rita Durão, Tiago Matias, Vânia Rodrigues e Isabel Muñoz Cardoso
Cenografia | Rita Lopes Alves e José Manuel Reis
Figurinos | Rita Lopes Alves
Som | Adré Pires
Luz | Pedro Domingos
Assistência de Encenação | Nuno Gonçalo Rodrigues
Encenação | Jorge Silva Melo
Produção | Artistas Unidos
Coprodução | Teatro Nacional São João, Centro Cultural de Belém