O GUIA FORA DE PORTAS

DA REGIÃO DE SETÚBAL


Stabat Mater

16 Abr 2022
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TEMPORADA DE MÚSICA DA CASA DE ÓPERA DO CABO ESPICHEL

Alessandro Scarlatti nasceu em Palermo e foi um dos primeiros expoentes da Escola Napolitana. Teve uma produção muito significativa, onde constam 600 cantatas, 150 oratórias e 115 óperas.

O Stabat Mater que ouviremos, peça composta em 1723 precisamente para demonstrar o sofrimento de Maria, a mãe de Jesus, durante a crucificação, foi composto para a Ordem dos “Cavalieri della Virgine dei Dolori” da Igreja de San Luigi em Nápoles, que, anualmente, honrava a virgem dedicando-lhe, precisamente, uma obra com este teor.

Em 1734 a mesma Ordem pediu a Pergolesi para que escrevesse aquele que é, provavelmente, o Stabat Mater mais conhecido da história da música.

Para iniciar o concerto, executaremos neste Dia do Pai duas pequenas Sonatas para cravo solo de Domenico Scarlatti, filho de Alessandro, compositor que curiosamente nasceu em 1685, tal como Bach e Handel.

É também de destacar a sua ligação a Portugal, já que esteve ao serviço da corte de D. João V, tendo sido compositor e também professor da princesa Maria Bárbara de Bragança.

Repertório

Domenico Scarlatti (1685 - 1757)
Sonata para cravo solo em Lá maior, K.208, L.238

Adagio e cantabile

Sonata para cravo solo em Dó menor, K. 56, L.356

Con spirito

Alessandro Scarlatti (1660- 1725)
Stabat Mater

Stabat Mater dolorosa – Adagio
Cujus animam gementem – Moderato e dolce
O quam tristis – Poco andante
Quae moerebat et dolebat – Adagio
Quis est homo – Andante
Quis non posset contritari – Andantino
Pro peccatis suae gentis – Moderato
Vidit suum dulcem natum – Moderato
Pia Mater – Andantino
Sancta Mater – Andante moderato
Fac ut ardeat cor meum – Andante molto
Tui nati vulnerati – Adagio
Juxta crucem – Andante smorzato
Virgo virginum praeclara – Allegro
Fac ut portem Christi mortem – Recitativo – Adagio e piano
Inflammatus et accensus – Andantino
Fac me cruce custodiri – Recitativo – Largo
Quando corpus morietur – Adagio e piano – Allegro

Ficha Artística

Mariana Castello-Branco, soprano
Ana Ferro, contralto

Camerata DHArtes Ensemble

José Pereira e António Figueiredo, violinos
Nuno Cardoso, violoncelo
José Carlos Araújo, cravo

DHArtes Ensemble 

O DHArtes Ensemble, apesar de ser uma formação recente no panorama artístico nacional, sucede ao Alis Ubbo Ensemble.

O Alis Ubbo Ensemble participou em concertos promovidos pela Antena 2 tendo também gravado para esta estação e para a RTP. Estreou-se nos Dias da Música no Centro Cultural de Belém em 2013 regressando em 2014, 2015 e 2017. ,

Em 2014 apresentou-se no Ciclo de Música no Convento dos Capuchos. Atuou no Museu Calouste Gulbenkian em 2014 e 2015. Em 2015 participou, no São Luiz Teatro Municipal, no ciclo Mais Novos. Em abril do mesmo ano protagonizou a abertura do Festival IndieLisboa. Esta formação estreou-se nos Coliseus de Lisboa e Porto, e ainda no Altice Arena, colaborando em concertos de Músicas do Mundo e no projeto “Música em Degradé – Da Ópera ao Rock”. Em 2014 e 2015 participou nos Clássicos na Rua (EGEAC).

O Alis Ubbo Ensemble partilhou o palco com Ana Bela Chaves, Mário Laginha, João Paulo Santos, Ana Pereira, Nuno Inácio, Nuno Silva, Sandra Medeiros, Ricardo Parreira, Teresa Macedo, Ângelo Rodrigues, Pedro Gil e ainda os fadistas Hélder Moutinho, Pedro Moutinho e Camané. Colaborou também com o escritor José António Abad Varela e com os ilustradores Emilio Urberuaga e Manuel San Payo e com o encenador Paulo Sousa e Costa. Estreou obras dos compositores portugueses, Luís Cipriano, Nuno Feist, Lino Guerreiro, Tiago Derriça e Miguel Sobral Curado.

O DHArtes Ensemble, já colaborou no ciclo pedagógico do Cinema São Jorge, apresentando o Pedro e o Lobo de Prokofiev e concertos de carater pedagógico, e gravou para a TVI, com Sofia Escobar, sob a direção do maestro Reinaldo Guerreiro. Em 2021 apresentou-se em Loures nos ciclos Música em Si Menor e Música em Si Maior. Já em 2022 promoveu três concertos no Ciclo Convento ConVida, em Setúbal, e estreou o projeto Vamos Tocar Estórias no Fórum Municipal Luísa Todi.

Ana Ferro

O meio-soprano Ana Ferro iniciou os seus estudos musicais no Conservatório Nacional de Lisboa, em Flauta transversal; e os estudos vocais na EMNSC, com Joana Levy.

Formada em Canto pela GSMD (Londres) e Flanders Operastudio (Bélgica), apresentou-se como solista no Reino Unido, Bélgica, Holanda, Espanha e nas principais salas de espectáculo do país.

Apresentações em ópera e concerto incluem Dinah (Trouble in Tahiti), Suzuki (Madama Butterfly), Olga (Eugene Onegin), Carmen (Carmen, Bizet), Dorabella (Così Fan Tutte), Bianca (The Rape of Lucretia, estreia portuguesa, TNSC), Requiem de Mozart, Duruflé e Verdi, Stabat Mater de Rossini, 9ª Sinfonia de Beethoven, Missa Grande / Te Deum de Marcos Portugal e Requiem de Bomtempo.

É membro do Coro do Teatro Nacional de São Carlos.


Mariana Castello-Branco

Mariana Castello-Branco estudou canto no conservatório com Manuela de Sá. Continuou a sua formação em performance no Flanders Opera Studio. Aquando da mesma trabalhou com maestros como Pietro Rizzo e Yannis Pouspourikas, cantores como Sir Thomas Allen, Jill Feldman, Ann Murray e pianistas como Malcolm Martineau.

As suas performances incluem papéis como Belinda (Dido e Aeneas/H.Purcell/ Nova ópera de Lisboa) 2nd niece (Peter Grimes/ B. Britten/ Teatro Nacional de São Carlos TNSC) Pamina (Die Zauberflöte/W.A.Mozart/Flanders Opera Studio); Diane (Acteón/ M.A.Charpentier/Flanders Opera Studio); Serpina (La serva padrona/G.B.Pergolesi/Teatro da Trindade); La princesse (L’enfant et les sortilèges/M. Ravel/TNSC); Servilia (La Clemenza di Tito/W.A.Mozart/Orquestra Metropolitana); Temide (Il Natale di Giove/J. Cordeiro da Silva/Divino Sospiro); Fili (A Ninfa do Tejo/A.Scarlatti/Orquestra Metropolitana/Enrico Onofri) Colabora frequentemente com a Orquestra Barroca da Casa de Mateus, o Ensemble Scherzi Musicali, Divino Sospiro e The New Baroque Times, com o qual participou no festival de musica sacra de Madrid por dois anos consecutivos gravando para a Rádio Clássica RNE.

José Carlos Araújo
José Carlos Araújo estudou cravo e órgão em Lisboa, com Maria Cândida Matos e Rui Paiva. Participou em masterclasses de Cremilde Rosado Fernandes, José Luis Uriol, Gustav Leonhardt, Jacques Ogg, Rinaldo Alessandrini, Miklós Spányi e Ketil Haugsand.

Desde 2015, integra a orquestra barroca Divino Sospiro, com a qual realizou numerosas estreias modernas de obras do séc. XVIII. Tocou também com a Orquestra Sinfónica Portuguesa, a Orquestra Metropolitana de Lisboa, a Camerata Alma Mater, o Ensemble MPMP, o Grupo de Música Contemporânea de Lisboa e o Coro Gulbenkian. Tocou concertos para cravo de Bach com a Orquestra de Câmara Portuguesa e o concerto de Manuel de Falla com o Ensemble Instrumental de Cantábria. Apresentou-se ainda com o Teatro da Cornucópia na produção d’A Tempestade de Shakespeare, sob a direcção de Luís Miguel Cintra.

Inaugurou a colecção discográfica Melographia Portugueza em 2012, com a gravação integral da obra para tecla de Carlos Seixas em instrumentos históricos. Gravou também para as editoras Glossa e Pan Classics. Em 2021, serão lançados os CDs Carlos Seixas – Sonatas VIII (que constitui a primeira gravação do cravo Antunes de 1789, Tesouro Nacional), e All’Amore Immenso, gravado com a mezzo-soprano Josè Maria Lo Monaco e o Divino Sospiro (dir. Massimo Mazzeo). Recebeu o 1.º Prémio e o Prémio do Público no concurso Carlos Seixas (Sociedade Histórica da Independência de Portugal).

Licenciou-se pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em Filologia Clássica, e actualmente prossegue estudos de Direito na Faculdade de Direito da mesma universidade. É investigador do Centro de Estudos Clássicos de Lisboa, onde se tem dedicado ao estudo e à primeira tradução portuguesa do Epistolário de Plínio. Colabora em Euphrosyne – Revista de Filologia Clássica. Foi director da revista Glosas.

Horário:

Sábado, às 16.30h

Informação adicional:
  • Destinatários: maiores de 3 anos

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