O GUIA FORA DE PORTAS

DA REGIÃO DE SETÚBAL


Conversas com a Escrita – Eduardo Palaio

11 Set 2022
LiteraturaSeixal
Apresentação do livro A Despedida: Onde Fica o Cemitério das Gaivotas?, de
Eduardo Palaio, que estará a cargo de José António Freitas e Silva,
jornalista e crítico literário, e João Araújo, advogado, natural do
Seixal. Segue-se uma conversa com o público entre o autor Eduardo Palaio e o
editor Fernando Mão-de-Ferro.


Biografia

Eduardo Palaio é natural do Seixal. Iniciou a sua atividade artística pelo
desenho de humor, tendo publicado trabalhos, como colaborador, no Mundo Ri,
sob a direção de José Vilhena.

Em 1966, expôs pela primeira vez trabalhos de desenho e pintura. Nos anos
1970 e 1980 retoma o cartoon, publicando regularmente num semanário.
Participou nos Salões Nacionais de Caricatura e Desenho de Humor e como
convidado em três exposições internacionais em Cuba (dedeté
–1986/1993/1998) e no México (1994 e 1998). Decorador de espaços
públicos, é autor de nove murais no concelho do Seixal. Apresentou nove
exposições individuais de pintura de 1982 a 2000 e participou em inúmeras
exposições coletivas.

Estreou-se na literatura com o livro infantil Pinta-o às bolinhas azuis. É
autor do romance Peregrinação de Artur Vilar (2003) e da coletânea de
contos Caixa Baixa (2011).

Em 2010 foi galardoado com o Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca e,
em 2011, venceu o grande prémio do conto Camilo Castelo Branco da
Associação Portuguesa de Escritores.

A sua experiência como comandante de grupo de combate na Guerra Colonial,
em Angola, revelou-se muito útil para escrever o romance histórico Os Dez
de Tânger (2014).


Sinopse

«Uma geração vai uma geração vem, houve um tempo em que os velhos e os
novos viviam no mesmo tempo: não é o caso presente.
“… mais cinco mais dez anos morrem, ou pior: nem sabem que ainda cá
estão” – isto é o que se diz dos protagonistas. São mais de vinte, a
maioria dos homens esteve na guerra, o que por lá fizeram será contado; é
gente cultivada, um sabe tudo de sinónimos, outro é assíduo leitor de
Homero e Virgílio. Suspeita-se de uma reencarnação. Em certo sentido este
livro é uma encomenda patética.
Também se pode contar que a história se passa numa terra, assim
caracterizada por uma das personagens, a Antónia (de alcunha a arejada):
“gosto do sítio, aqui qualquer palerma é pessoa”.
Em particular a acção decorre no Café Fé, no “o Almoço”, num Lar de
Idosos, num assalto a um banco, na pregação assustadora de conteúdos dos
livros sagrados, no apartamento de uma mulher sensual, de cinquenta anos,
integrada, sem disso ter sido informada com antecedência: “se não há
novas, também não há velhas!”»

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