O GUIA FORA DE PORTAS

DA REGIÃO DE SETÚBAL


CAIM OU A DIVINA CEGUEIRA

11 Nov 2022
AGENDA REGIONAL | Eventos Destaques SetúbalSetúbalTeatro

Estreia da nova produção do Teatro Estúdio Fontenova, baseada na obra de José Saramago. Evento das comemorações do Centenário de José Saramago.


Teatro Estúdio Fontenova


Em “Caim”, Saramago narra com ironia e sarcasmo uma versão crítica dos episódios do Antigo Testamento. Caim, o primeiro dos assassinos, deriva solitário pelo tempo e pelos povos, questionando o dogma religioso que tudo justifica, e confrontando diretamente o Deus bíblico ancestral, negligente e impiedoso. Em ambos se assomam as imperfeições da natureza humana.


Levamos agora esta história ao palco pela primeira vez em Portugal. Sujeitámo-nos a horas de debate sobre o livro, o autor, a política, a religião e a fé. Seguiram-se ponderações inadiáveis sobre o cartaz, a sinopse, o cenário, os figurinos, a música e a interpretação. Porque é “Caim” uma obra tão revolucionária hoje? O que podemos nós acrescentar às palavras de Saramago? Como pode o humor ser a coisa mais séria do mundo?


Tal como Deus e Caim, a única coisa que sabemos é que continuámos a discutir, e que a discutir estaremos ainda… até ao fim dos tempos. Hoje pensar é um ato revolucionário. Pensemos!


Sinopse


A partir da obra “Caim”, de José Saramago, é criado um espetáculo com o título “Caim ou a Divina Cegueira”. Em “Caim”, Saramago dá-se à liberdade de narrar, a seu bel-prazer, episódios do Antigo Testamento, sublinhando o perfil menos recomendável do Deus bíblico ancestral. Caim, o primeiro dos assassinos, adquire protagonismo num diálogo direto com Deus, em doses copiosas de ironia e sarcasmo, com que Saramago os retrata, munidos de todas as imperfeições da humana natureza. Ao dar à cena este espetáculo, homenageamos esta figura maior da criação literária, é conveniente não cair na tentação de considerar este Deus uma criação humana, ou sequer reforçar a narrativa do uso do nome de Deus para justificar jogos bélicos, ávidos de poder, de onde o divino se ausentou para parte incerta.

Equipamento:
Fórum Municipal Luísa Todi
Horário:
21:00:00
Informação adicional:

DRAMATURGIA: Armando Nascimento Rosa e José Maria Dias
ENCENAÇÃO: José Maria Dias
ASSISTÊNCIA E ENCENAÇÃO: Rosa Dias
COCRIAÇÃO E INTERPRETAÇÃO: Clara Passarinho, Fábio Vaz, Graziela Dias, João Mota, Patrícia Paixão, Sara Túbio Costa, Tiago Bôto e Wagner Borges
CENOGRAFIA: José Manuel Castanheira
MÚSICA: Jorge Salgueiro
OUTRAS INFORMAÇÕES: M/16. 100 minutos de duração. A sessão de dia 14 é destinada a escolas.

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