O GUIA FORA DE PORTAS

DA REGIÃO DE SETÚBAL


Autores da Nossa Terra | Maria José Maurício

20 Abr 2024
LiteraturaSeixal
Apresentação do livro «Participação Popular e Cidadania na Revolução
de 25 de Abril de 1974 (Um longo percurso histórico)», de Maria José
Maurício, a cargo de Adriana Veríssimo Serrão, professora no Departamento
de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e autora do
prefácio.

 

Sinopse

O livro apresenta um estudo historiográfico que tem como objetivo mostrar
que a participação popular na Revolução de 25 de Abril de 1974 não foi
um acontecimento «do dia». O levantamento da população de Lisboa e
arredores, que se expandiu a nível nacional, insere-se num longo percurso
histórico da defesa da liberdade, pela conquista da democracia e da defesa
dos direitos universais. A Revolução de 25 de Abril e o processo
revolucionário (1974-1975) são exemplos de uma experiência única de
participação popular, cidadania, solidariedade e trabalho voluntário, no
sentido de transformar a sociedade. 


Biografia

A autora nasceu em Setúbal em 1950. É licenciada em Filosofia pela
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e mestre em Estudos sobre
Mulheres pela Universidade Aberta de Lisboa. Foi professora do ensino
particular e cooperativo. Atualmente é investigadora independente na área
da Educação para a Cidadania. Tem diversos trabalhos e artigos publicados
sobre igualdade entre mulheres e homens em revistas como Seara Nova,
Vértice, Philoso-phica e outras. É coautora do livro Pensar o Feminino,
organização de Maria Luísa Ribeiro Ferreira, Centro de Filosofia da
Universidade de Lisboa, publicado pelas Edições Colibri em 2001; autora do
livro Mulheres e Cidadania: Alguns Perfis e Acção Política (1949-1973),
publicado pela Editorial Caminho em 2005, e do livro Memória e Vida em
Tempos de Abril. Estórias de Liberdade e de Libertação, publicado pelas
Edições Colibri em 2015. 


Prefácio

«Maria José Maurício aventura-se agora numa reflexão de grande
envergadura sobre a formação da consciência cívica do povo português num
longo arco temporal desde os primórdios da nacionalidade até à época
presente. Referimos já a sua posição sobre o sujeito da história
nacional, que foge à alternativa rígida, e infecunda, entre o individual e
o coletivo e, do ponto de vista social, à simplificada contraposição entre
indivíduo e sociedade. Se cada indivíduo só por si não muda o mundo, sem
a participação de indivíduos diferenciados não há sociedade, isto é,
coesão social. Daqui se compreende a assumida abordagem do ponto de vista da
filosofia da cultura. Cultura opõe-se a barbárie, a incivilidade, a
ausência de regras, à irracionalidade do inorgânico. Um conceito integrado
de cultura engloba a conjunção de aspetos objetivos e subjetivos. As formas
culturais – regimes e instituições, administração da economia, códigos
morais, estruturas de pensamento – objetivam-se e transmitem-se em
sequências de gerações. Mas para que persistam como significantes, carecem
da adesão das consciências subjetivas, porque têm efetivamente de
responder aos seus desejos e necessidades.»
Adriana Veríssimo Serrão
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