O MUSEU EM CASA

Referenciada, pela primeira vez, no ano de 1462, num documento que menciona a atribuição das verbas da pesca das barcas, e das chinchas, a Joham Fogaça, comendador de Sesimbra e fidalgo da Casa do Infante Dom Fernando, a “chincha”, ou xávega, consiste no método de pescar com uma rede de arrasto para a praia, a qual termina em forma de saco para retenção do peixe capturado. A sua designação deriva do latim: cinctulal– cinctum – cingere, que significa envolver ou cingir, e compõe-se por três partes distintas: as “mangas” ou “alares”, as cordas e o “saco”.

Contrariamente a outros pontos do país, a “chincha” de Sesimbra continua a manter algumas das suas características originais: ser puxada com recurso a força braçal, e aceitar a participação de quem quiser ajudar, o que lhe confere um cariz comunitário. Como recompensa pelo seu esforço, todos têm direito a uma parte do peixe, o centenário “quinhão”.

Praticada durante os meses de verão, nas praias do Ouro e da Califórnia, a chincha sesimbrense é um verdadeiro património vivo, de que todos nos orgulhamos.

• Destinatários: público em geral